The Last Kingdom: 4ª temporada

 *spoiler alert*

Para nossa alegria na quarentena, a quarta temporada de The Last Kingdom chegou na Netflix no dia 26 com 10 episódios e muitas emoções envolvidas.   

Nessa temporada as intrigas políticas continuam no ápice, aliás estamos falando de uma época em que a aspiração, o desejo de possuir novas terras e reinos era muito grande. Vemos o Rei Edward e Aethelflaed tendo conflitos de ideias mas com o peso de seguir os passos e sonhos do pai em manter uma terra unida. 

Edward se mostra muito influenciável por seu sogro que faz de tudo para afastar as pessoas que atrapalhem seus objetivos de ter o neto no trono e também ser influente para o pequeno. Isso gera muito desconforto em Aelswith que se vê cada vez mais excluída e com pouco poder de exercer influência, e começa a traçar planos para virar o jogo a seu favor.

 Haesten, ou Dick Vigarista para os íntimos, ajuda Cnut a enganar Aethelred fazendo com que ele saia de Mércia e a deixe vulnerável, podendo assim atacá-la. Aethelflaed encontra-se em uma reviravolta e se arrisca em uma guerra sem as certezas de apoio do exército de seu irmão ou seu próprio marido. No final consegue a ajuda de ambos, mas na batalha Aethelred ficou com um ferimento na cabeça que o levaria a morte (que muitos comemorariam). Isso faz com que o futuro de Aethelflaed e sua filha fiquem em perigo. 

“Uhtred por tudo que você tem feito, por tudo que tem me mostrado, obrigado. Você me deu tudo. Você é o homem que eu sempre esperei que tornasse.” Foto: Fanart

Por outro lado temos nosso querido Uhtred, que já podemos sempre aguardar que algo vai dar errado na vida dele. Uhtred vê a oportunidade de recuperar Bebbanburg que é seu por direito, porém foi tomado por seu ambicioso tio. Ele finalmente consegue entrar em Bebbanburg e colocar seu plano em prática, porém não contava com seu primo na jogada (este foi recuperado pelo Aquaman, só pode) que matou seu próprio pai e ficou com o poder do castelo. Não tirou apenas a vida do pai como também de nosso amado Beocca, o que deixou Uhtred e nós desolados, já que muitas vezes foi uma figura paterna e muito importante em toda a série.

Nosso protagonista como sempre faz de tudo pelas pessoas que ama, o motivo de querer recuperar Bebbanburg não é apenas para sua glória mas sim deixar um legado para seus filhos e um lugar para chamar de casa. Falando dos filhos, foi muito bom ver a evolução de seu relacionamento com seu filho também chamado Uhtred. O jovem Uhtred que tinha um certo desprezo pelo pai já que foi afastado deste e não possuía os mesmos ideais e sonhos, foi conhecendo melhor através do convívio (no início forçado) e pelos próprios companheiros que o seguem, pois ele sempre se mostra um grande líder e empenhado em defender aqueles que ama. Após o tempo juntos e algumas discussões, passa a ter orgulho do pai e realmente vemos que passa a amá-lo.

Sua filha Stiorra é uma fofa ao mesmo tempo que é forte, valente e teimosa como o pai. É muito interessante ela querendo conhecer mais a cultura da mãe que já morreu, ser forte, livre e guerreira. E lindo como ela ama o pai mesmo não tendo vivido com muita presença dele, ela se orgulha da história dele, dele ser como é e sabe como faz de tudo para protegê-la.

Stiorra em sua saga para conhecer melhor a cultura de sua mãe, escolhe ir com Sigtryggr para uma nova terra. Sigtryggr diferente de seus ancestrais que eram movidos a conquistas e muita guerra,  mostra que veio para construir uma nova geração, buscando conseguir as coisas através da conversa e da paz (mesmo que muitos tenham morrido no caminho). Seu interesse de entender mais a história, a rivalidade entre saxões e daneses e como conseguir a paz entre eles só é possível através de Stiorra, o que o fez ficar muito interessado por ela.

A série continua com a mistura de drama e fatos históricos/personagens reais e nunca fica entediante, são sempre muitas reviravoltas e emoções que nos prende na tela. Outro ponto positivo vão paras as cenas de de lutas e mortes não parecem aquelas cenas dançadas/desenhadas e sim parecem muito reais, tipo quando a pessoa se cansa no meio da guerra e não tem tanta força para alguns ataques isso é real por mais que haja muita adrenalina envolvida.

The Last Kingdom continua surpreendendo, obrigada Tio Bernard Cornwell pelas Crônicas Saxônicas e esperamos ansiosamente pela 5ª temporada.

Se joguem no ar e flutuem brothers!

 

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