O mais novo romance – se é que podemos chamar assim – foi lançado em pleno feriado e com certeza deve estar na sua lista de assistidos e vou te mostrar a razão. Contém spoilers, então, cuidado!
Conhecendo um pouco da história, começamos com o famoso clichê que não surpreende muito. Ellie Chu (Leah Lewis) é aquela garota deslocada que cobra pra fazer os trabalhos dos colegas e poder ajudar seu pai em casa (o pai é um ponto que precisamos conversar daqui a pouco). Paul (Daniel Diemer), um jogador de futebol bem parecido com os padrões que vemos por aí, está apaixonado por Aster (Alexxis Lemires) e pede ajuda de Ellie para escrever cartas se passando por ele e assim conquistar a moça. Até aí tudo bem, porém, o problema começa quando Ellie também se mostra apaixonada por Aster. E para por aí, não é? Errado. Paul após conviver com Ellie acaba se apaixonando por ela também. Sim, eu sei… muita bagunça.
1- Não é uma típica história de amor
Se você espera um filme previsível, essa não é pra você. Começamos vendo uma relação totalmente imprevisível entre Ellie, Paul e Aster. A fama de Ellie em fazer os trabalhos contribui para seu primeiro encontro com Paul que se mostra totalmente um bobalhão no início, mas com o decorrer do filme cresce demais. Aster foge do padrão de moça bonita popular. Ela sim parece ser bem deslocada desse grupo padrão que participa e encontra um refúgio nas cartas que troca com Paul (que na verdade é Ellie).
2- Relação com seu pai
Um dos pontos fortes do filme é a ligação de Ellie com seu pai. Passando por problemas desde a morte da esposa, Edwin encontra em Ellie seu refúgio para continuar. É bonito ver a ligação dos dois no decorrer do filme e o empenho de Ellie em ajudar o pai a continuar. É bonito ver quando ele está pronto para continuar e apoia a filha em seus projetos e caminhos. Eles vendo os filmes antigos juntos e apresentando os mesmo hábitos é legal demais de ver. O pai não demonstra muito seus sentimentos, mas quando tem uma conversa séria com Paul, ele acaba percebendo a força que a filha tem a associa com sua esposa.
3- Conversas de Ping Pong
Não dá pra analisar o filme sem falar de Ellie ensinando Paul a conversar sem estragar tudo. A metodologia utilizada é bem inusitada: jogando ping pong. No decorrer dos jogos, os dois passam a levar o jogo e as conversas mais a sério. Paul então passa a se interessar mais pela história de Ellie. A relação dos dois passa a ficar mais forte cada vez mais. A amizade que se forma entre os dois ultrapassa os 50 dólares que Paul pagou Ellie para que ela escrevesse sua primeira carta. Acredito que em dois momentos do filme Ellie se sente apoiada por ele: primeiro quando ele a defende de insultos na estrada e depois quando ele entrega o violão para que ela tocasse sua música na apresentação da escola.
4- Cena do trem
Ótimas referências podem ser percebidas dentro do próprio filme. Ele já começa com uma boa narração típica do gênero de filme e no decorrer do longa podemos ver várias frases de autores citados no filme. No momento que Ellie passa a entender seus sentimentos, suas próprias frases passam a aparecer e isso mostra o crescimento da personagem que ao mesmo tempo se mantém perdida, mas ganha coragem. Destaque também para uma cena em que estão na casa de Ellie vendo um filme romântico e ela começa a debochar da cena em que o cara corre atrás do trem, se despedindo de sua amada. No final do filme vemos a mesma cena, só que com Paul. Ellie que inicialmente tinha debochado do filme, se mostra diferente e emocionada.
5- O final não é o que você espera
Talvez você espere um final bem no estilo clichê, com todo mundo feliz, não é? Mais uma vez você será surpreendido porque ninguém termina com ninguém, mas todo mundo aprende com a situação. Confesso, que particularmente gostei bem do final já que mostrou a realidade dos fatos, onde nem sempre as coisas terminam como queremos. Com certeza deveria ter uma continuação.
E você: o que achou do filme?